"Vladimir Putin, com todos seus defeitos, é um patriota russo. Sua eficácia em grande parte é devida justamente a este fato. Obama, de acordo com qualquer modelo histórico razoável, não é um patriota, isso um fato comprovado por seus sucessivos fracassos", escreve o autor do artigo, Jonathan Keiler.
Segundo ele, Obama reduziu o prestígio, a influência e o poder dos EUA no palco internacional.
Keiler se pergunta por qual motivo Trump se refere tão respeitosamente em relação a Putin.
"Pode ser que seja um reconhecimento real das ações de Putin em favor de seu país na arena internacional, ou se trate de lisonja a Trump, à qual o candidato republicano é particularmente sensível. Mas, mesmo se a admiração de Trump esteja baseada principalmente no segundo ponto, isso não diminui o primeiro", diz o autor.
Ele não esclarece de que "lisonja" se trata. Vladimir Putin em uma coletiva de imprensa, em dezembro de 2015, chamou o candidato republicano de "homem brilhante".
Durante seu discurso em São Petersburgo, no âmbito de Fórum Econômico em junho, o presidente russo ressaltou que não se referiu a quaisquer outras características de Trump.
Com isso, segundo ele Putin "foi ajudado" pela política lenta, ineficiente e estúpida da administração de Obama. Para cada conquista de Moscou Washington teve que pagar, acredita Keiler.
"É preciso ir mais longe e admitir que Trump estava absolutamente correto em sua observação segundo a qual Putin, como líder de um país, supera Obama", acrescenta o autor.
Putin ele descreve como um "líder clássico" que pretende reforçar a Rússia, enquanto Obama, na opinião do autor, tenta deliberadamente enfraquecer os EUA. "Em certo sentido, ambos têm o mesmo objetivo — o enfraquecimento do poder dos EUA", diz Keiler.