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Temer nega corte de FGTS e diz que governo não é idiota em retirar direitos do trabalhador

© Carolina Antunes/PRPresidente Michel Temer
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Ao homenagear pelas redes sociais nesta quarta-feira (14), os 50 Anos de existência do benefício trabalhista do Fundo de Garantia por Tempo de Servido (FGTS), o presidente Michel Temer desmentiu boatos de que trabalhadores demitidos sem justa causa, perderiam o direito ao saque do Fundo e outros direitos trabalhistas.

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Através de um vídeo, Michel Temer, afirmou que o benefício do FGTS tem sido de extrema importância para investimentos em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana em todo o país. Além de afirmar que não haverá cortes no FGTS, Temer ainda afirmou que os investimentos serão ampliados.

"Se divulgou, que quem tivesse perdido o seu emprego por despedida injusta, não poderia sacar os valores do FGTS. Não é verdade, este é o primeiro esclarecimento que quero fazer. Não há nenhum pensamento a respeito dessa matéria no governo, ou seja, o Fundo de Garantia continuará a exercer o seu papel, como vem exercendo ao longo do tempo. Nesses 50 anos de existência, os valores que ingressaram por meio do Fundo de Garantia foram utilíssimos para a ampliação da moradia no país. Serão aplicados mais de R$ 218 bilhões em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, mais de 4 mil municípios, o que representa 73% dos municípios brasileiros já tiveram obras financiadas pelos recursos do FGTS. Vamos continuar a utilizar esses recursos para ampliar saneamento, ampliar moradia e ampliar outras atividades do Poder Público."

Ao participar nesta quarta-feira (14) da cerimônia de anúncio de ações de gestão na saúde pública, Michel Temer voltou a falar sobre os boatos de que seu governo vai destruir a saúde, a educação e direitos dos trabalhadores, na Reforma Trabalhista, que vai encaminhar ao Congresso Nacional.

Em discurso, Temer destacou a polêmica envolvendo as declarações dadas na semana passada pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, durante encontro com sindicalistas em Brasília, quando o ministro afirmou ter intenção de oficializar uma carga horária diária de até 12 horas de trabalho. 

Michel Temer disse que as mudanças na jornada de trabalho ainda estão em estudo, sem nada estar definido, criticando a mídia, que teria polemizado a questão.

"Isso tudo resultou no encontro que o Ministro do Trabalho teve com alguns sindicatos e lá levantaram a questão, por exemplo, o pessoal de enfermagem que trabalha 12 por 36 horas, daí aquilo correu para a ideia de quem sabe, nós estabelecemos um método. Quem sabe, portanto, não é um projeto definitivo, acabado, é uma mera alocução discursiva. Quem sabe nós conseguimos, se o trabalhador quiser, por força de uma convenção coletiva, portanto, de um acordo entre trabalhadores e empregadores, quem sabe o trabalhador passe a trabalhar apenas quatro dias por semana. Portanto, faz 12 horas por dia, já incluído 4 horas de horas extra e folga três dias, ou se quiser pode trabalhar nesses outros dois, três dias da maneira que ele entender, até em outro empresa. Isso foi o que se conversou." 

Para Temer, o governo não é idiota de restringir direitos de trabalhadores.

"O que se passou a divulgar, e portanto, a notícia que deveria ingressar no jornal era esta, governo propõe que o trabalhador, trabalhe apenas quatro dias por semana, mas não foi o que se divulgou, e não é o que se alardeia, e não é o que se divulga. Não reproduz a verdade dos fatos. Isto cria problemas para nós. É muito desagradável imaginar que um governo seja tão estupidificado, tão idiota que chegue ao poder para restringir direito dos trabalhadores, para acabar com a saúde, para acabar com educação."

Atualmente, a jornada de trabalho no Brasil é, para a maioria dos trabalhadores, de oito horas por dia.

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