De acordo com Dallagnol, o compromisso da força-tarefa da Lava Jato é cumprir a Constituição e as leis, e que as críticas não vão impedir que o trabalho de investigações seja cumprido.
"É natural que pessoas investigadas reajam. E quanto essas pessoas investigadas são poderosas econômica e politicamente, a reação toma um vulto. Não nos surpreende. Nós encaramos com naturalidade esse momento. O nosso compromisso é de seguir a Constituição, as leis, a sociedade, o interesse público, e de caminhar com tranquilidade, equilíbrio cumprindo o dever que vocês nos deram."
Durante pronunciamento de quase duas horas, Lula falou sobre sua trajetória política, os feitos de sua gestão e da ex-presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente voltou a negar ser dono do imóvel e ter cometido irregularidades, afirmando que se provarem um ato de corrupção dele, que ele irá a pé ser preso.
Lula afirmou ser alvo de perseguição política, acusando os procuradores de desrespeito com sua família. O ex-presidente garantiu que vai continuar lutando e disse que estava orgulhoso de saber que a perseguição a ele era devido aos avanços sociais que o seu governo e o de Dilma fizeram no país.
A defesa de Lula entrou com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra três procuradores da Operação da Lava-Jato. Os advogados do ex-presidente acusam os procuradores de desvio funcional na apresentação da denúncia contra Lula e de sua mulher, Marisa Letícia.