"A nossa posição em relação à Crimeia, é clara: a península continua a ser parte integrante da Ucrânia", diz um comunicado divulgado no site do departamento americano.
A Crimeia se tornou novamente uma região russa após o referendo realizado em 2014 na sequência da tensão política na Ucrânia. A favor da reunificação com a Rússia votaram mais de 95% dos moradores da península.
O assunto das eleições não se discute
Mais cedo, o presidente da Ucrânia Pyotr Poroshenko falou contra a organização da votação no restante território da Ucrânia (permitindo que cidadãos russos residentes no país vizinho exerçam o direito de voto). Kiev avançou duas condições para autorizar a votação: Moscou teria de cancelar a realização das eleições na Crimeia e excluir os candidatos representantes desta região.
No entanto, as "tentativas de ultimato" de Kiev não impressionaram a chancelaria russa. "No que diz respeito às tentativas das autoridades de Kiev de apresentar ultimatos à Rússia, elas são risíveis. A Crimeia é parte integrante da Rússia", respondeu o Ministério do Exterior russo.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, disse que a Rússia não tem a intenção de discutir os processos eleitorais em seu território, com qualquer país.
"Responder adequadamente a Kiev"
De acordo com o cientista político Aleksandr Formanchuk, residente na Crimeia, estas eleições são muito importantes para os moradores da península, porque elas são determinantes para o seu futuro: a Crimeia está terminando o processo da integração nas instituições governamentais da Rússia.
"Os Estados Unidos e depois o Reino Unido declararão que não reconhecem esta escolha, provavelmente as organizações europeias se juntarão a eles, mas a tudo isso será dada uma resposta clara: as eleições são um assunto interno da Rússia e o país não precisa de aprovação ou de avaliação por parte de países estrangeiros", afirmou outro analista político da Crimeia, Vladimir Dzharalla.