Estes fatores levam autor à ideia de que o exército norte-americano, provavelmente perderá uma "guerra na Europa". Loren Thompson formula cinco argumentos em favor da sua tese.
Falhas dos líderes
A previsão decepcionante para a América do Norte está ligada a vários fatores: erros estratégicos dos presidentes anteriores George Bush e Barack Obama e a falta de financiamento das Forças Armadas. De acordo com o analista, o erro de Bush está relacionado com a retirada da Europa de duas brigadas pesadas americanas, e o erro de Obama é ter apostado na região Ásia-Pacífico, cuja consequência foi a redução da presença militar dos EUA no Velho Mundo.
Falta de financiamento
Loren Thompson lamenta que o exército dos EUA não receba financiamento adequado, especialmente se compararmos o programa de modernização com o da Rússia. As Forças Armadas norte-americanas recebem anualmente do governo federal $22 bilhões para compra de armas, enquanto a Rússia lançou um programa de rearmamento com um orçamento de $700 bilhões, cuja maior parte, de acordo com Thompson, irá para equipar as tropas terrestres e a aviação.
Vantagem geográfica
A Rússia tem a vantagem geográfica, observa o especialista. Os combates ocorrerão nos territórios do Leste da Europa, que estão mais longe dos principais pontos de desembarque do contingente americano na Europa. Além disso, esta parte do Velho Mundo é banhada por mares aos quais se pode ter acesso apenas através de estreitos que a Rússia poderá controlar facilmente.
A geografia da região também pressupõe que a maior parte das forças navais e de outros meios dos EUA ficará impedida de entrar no teatro de operações, acrescenta o especialista. A Rússia tem bases militares na região de Kaliningrado, no Báltico, e em Sevastopol, no Mar Negro, o que torna perigosa a entrada da marinha americana nas áreas adjacentes. A Força Aérea dos EUA, por sua vez, pode ser excluída da zona de conflito com ajuda da defesa antiaérea russa.
Há coisas em que EUA não podem competir
Recentemente, a Casa Branca tomou a decisão de colocar uma terceira brigada rotativa na Europa. Junto com isso, foi decidido enviar milhares de soldados para à Polônia e para cada dos países Bálticos. No entanto, isso não os livrará de todos os problemas. Após 15 anos de luta contra adversários como o Talibã, o exército dos EUA ainda é vulnerável. Isso se verifica nos meios de defesa antiaérea, guerra eletrônica, armas de alta precisão e proteção insuficiente dos equipamentos. Nestes aspetos o exército dos EUA não pode competir com as forças russas, conclui Thompson.
Aliados de pouca confiança
As posições da aliança também se debilitarão se Washington escolher táticas defensivas e desistir de atacar as bases militares ou unidades no território da Rússia. Iniciar uma ofensiva será difícil, tal conflito pode levar à utilização de armas nucleares por Moscou e nenhuma das capitais europeias está disposta a atrair um ataque nuclear sobre si, conclui o especialista.