Durante seu discurso, Temer defendeu soluções negociadas para crises políticas como forma de prevenir migrações em massa. Ele lembrou que fluxos de refugiados são o resultado de guerras, de repressão e do extremismo violento e que as preocupações legítimas dos governos com a segurança de seus cidadãos devem estar em consonância com os direitos inerentes a cada ser humano.
“Não podemos fechar os olhos para as causas profundas desses fenômenos. (…) Se abrirmos mão da defesa intransigente desses direitos, estaremos abrindo mão de nossa própria humanidade” – argumentou o presidente.
O presidente lembrou que nas Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio, o Brasil recebeu a primeira delegação de refugiados a competir nos Jogos. Relatou ainda que nos últimos anos o País recebeu mais de 95 mil refugiados, de 79 diferentes nacionalidades.
“Temos plena consciência de que o acolhimento de refugiados é uma responsabilidade compartilhada. (…) Estamos engajados em iniciativas de reassentamento de refugiados de nossa região, com atenção especial para mulheres e crianças” – explicou Temer.
“O nosso objetivo é garantir direitos, facilitar a inclusão e não criminalizar a migração. Nossa lei disporá sobre o visto humanitário, instrumento já utilizado em favor de quase 85 mil cidadãos haitianos” – afirmou Temer.