Para falar da venda de infraestruturas, o atual presidente do Brasil escolheu um lugar pouco conveniente — ele discutirá esse assunto na próxima semana durante sua visita a Nova York no âmbito da 71ª sessão da ONU.
Okuneva sublinha que a Assembleia da ONU é um palco diferente por princípio, lá não se realizam vendas e compras: "Parece que as novas autoridades brasileiras não se dão conta aonde eles vão, na própria Assembleia Geral da ONU eles tentam oferecer mercadoria a preço razoável, isto jamais foi feito."
Entretanto, a professora frisa que o Brasil está em "círculo vicioso", por um lado o país vive em condições econômicas muito difíceis e precisa de investidores para recuperar, por outro lado, não há investidores que queiram contribuir para algo que aparentemente não promete lucro.
"Infelizmente, o modelo de desenvolvimento anterior [do governo de Dilma], que se destinava a aumentar a prosperidade, fracassou e <…> chegaram outros tempos", destaca a historiadora.
A especialista assinala que as novas autoridades prometem muito à sociedade, mas suas ações mostram que uma vida melhor nunca chegará, porque a redução tão drástica dos programas sociais nunca poderá levar a qualquer mudança positiva.