Segundo o jornal Observador, os documentos foram encontrados em um país da África Ocidental e estariam na posse de um cidadão de aparência árabe. Desconhece-se por completo a sua identidade.
"Todos os documentos dos serviços de informações são classificados por natureza e sujeitos ao regime do segredo de Estado. Se os documentos aparecem nas mãos de terceiros, há uma quebra de segurança", afirma Rui Pereira, antigo diretor do SIS, ao Observador.
O SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) tentou localizar o cidadão que portava as informações confidenciais, mas o homem nunca mais foi visto naquele país africano. Serviços da segurança de Portugal ainda não revelaram informações sobre este questão.
Segundo os dados revelados, Frederico Carvalhão Gil era chefe do Departamento do Sistema de Informações da República Portuguesa, cargo que assumiu durante décadas. Há alguns anos, ele foi despedido de sua função por suspeita ligação com uma russa. Esse despedimento, por sua vez, teria sido o principal motivo da sua traição e venda dos ficheiros.