O Presidente da Turquia Erdogan, durante a 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova York, fez uma série de declarações importantes sobre a situação na Síria. Ele, em particular, destacou a intenção das Forças Armadas turcas de continuar a operação Escudo do Eufrates no território sírio e reiterou que a "presença de Assad no poder, impossibilita a resolução do conflito sírio e o estabelecimento da paz no país".
Mehmet Yuva, analista político sírio de origem turca e professor da Universidade de Damasco, dividiu sua opinião sobre o assunto com a Sputnik Turca:
"O principal objetivo da operação Escudo do Eufrates é garantir a segurança de suas áreas de fronteira, bem como a eliminação da região dos insurgentes do Daesh e outras organizações terroristas. A operação é realizada pelas forças de combatentes da oposição do Exército Sírio Livre (FSA), com o apoio do exército turco. É óbvio que a Turquia está empenhada em desempenhar um papel significativo na definição do futuro político da Síria. <…> Enquanto isso, a Turquia ainda não está demonstrando abertamente o desejo de estabelecer contato com a liderança síria para resolver a crise no país".
A Rússia sempre insistiu que o exército do governo sírio controle a linha que se estende de Aleppo e Idlib, ao norte de Latakia. Sendo esta, a linha vermelha para a Rússia. E se, supõe Mehmet Yuva, as tropas turcas ultrapassarem a linha, isto pode mudar radicalmente a situação na região, levando ao início de uma "guerra híbrida", ou seja, um conflito direto entre as forças estrangeiras na Síria. Em outras palavras, o começo de uma nova guerra mundial.