Reviravolta: aliados ocidentais avisam Ucrânia que podem impor sanções contra Kiev

© Sputnik / Mikhail Palinchak / Acessar o banco de imagensReunião entre o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, e o vice-presidente dos EUA, Joe Biden em Davos (Suíça)
Reunião entre o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, e o vice-presidente dos EUA, Joe Biden em Davos (Suíça) - Sputnik Brasil
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O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, lembrou as autoridades ucranianas da necessidade de realizar reformas econômicas e políticas, se Ucrânia não quiser que as sanções contra a Rússia sejam levantadas, comunica a Reuters.

"Sabemos que, se a Ucrânia der motivos à UE, há pelo menos cinco países [da União Europeia], que estão dispostos a dizer 'queremos sair' do programa de sanções contra Moscou", disse Biden. 

Monumento da Independencia em Kiev, Ucrânia - Sputnik Brasil
'União Europeia pode aplicar sanções contra Ucrânia'
O vice-presidente não esclareceu quais os países que se manifestam contra as sanções. Mas sabe-se que vários políticos europeus, como o presidente de Chipre ou o primeiro-ministro da Eslováquia, se manifestaram contra as sanções. 

Joe Biden informou que está realizando conversas telefônicas de 2-3 horas todas as semanas com os líderes da Ucrânia, exortando-os a realizarem reformas, comunica a Reuters.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, deixou um comentário no seu Facebook exprimindo a sua compreensão relativamente à declaração de Biden, que, segunda ela, afirma na verdade que a Ucrânia deve desenvolver mais esforços e alcançar a prorrogação das sanções contra a Rússia.

​Em 2014, as relações entre a Rússia e o Ocidente deterioram-se por conta da reintegração da Crimeia à Rússia e o suposto envolvimento de Moscou na escalada da crise no Sudeste ucraniano, o que Moscou negou repetidas vezes. A União Europeia, junto com os EUA e outros países, impôs severas rodadas de sanções contra os setores de energia, bancário e defesa da Rússia. 

​As regiões do leste ucraniano vêm sofrendo uma grave crise humanitária, causada pela operação militar que Kiev lançou em abril de 2014 contra forças locais. Estas se recusaram a reconhecer o novo governo de Kiev que chegou ao poder em 2014 após um golpe de Estado. Em fevereiro de 2015, os líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França se reuniram na capital da Bielorrússia, Minsk, para buscar uma solução para a crise ucraniana. O acordo alcançado prevê um cessar-fogo, a retirada de armas da linha de contato no leste ucraniano e reformas constitucionais.

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