"Alguns ex-políticos russos, que tive a oportunidade de entrevistar, lembravam que em 2001 havia a esperança de que a Rússia, os EUA e outros parceiros pudessem criar uma coalizão antiterrorista nos moldes da coalizão anti-Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Vladimir Putin [presidente russo] propôs esse conceito mais uma vez em setembro do ano passado na ONU" – diz o autor do artigo.
No entanto, alguns meses após o início da cooperação com a Rússia no Afeganistão, Washginton declarou sua saída do Tratado ABM, para limitar o número de Anti-Mísseis Balísticos (ABM), e, em segunda, os EUA declaram que aceitariam os países bálticos na OTAN em 2004, destaca o autor do texto.
"O presidente George Bush queria melhorar as relações com a Rússia, mas o ministro da Defesa Donald Rumsfeld e outros na administração de Bush não partilhavam desse desejo — eles tinham outras prioridades, como o sistema de defesa antimísseis, a expansão da OTAN e a guerra no Iraque" – diz o artigo.
O autor destaca que a revolução laranja na Ucrânia se tornou um ponto de virada nas relações russo-americanas. Na época, segundo ele, Putin condenou o governo dos EUA de interferir nas eleições ucranianas com o objetivo de apoiar o candidato pró-Ocidente Viktor Yushenko, a fim de comprometer a influência de Moscou.
O artigo diz que, graças à situação na Ucrânia e às divergências sobre Síria, pode se dizer que as atuais relações entre Rússia e EUA encontram-se "tencionadas". Os antigos políticos dos EUA com quem o autor do texto teve a oportunidade de conversar acreditam a situação atual pode ser interpretada como uma "nova Guerra Fria".