Segundo a agência, até 21 por cento do pacote de empréstimos da China são "improdutivos" o que significa que os devedores estão lutando com dificuldades para conseguir fazer os pagamentos. Ao mesmo tempo, apenas 1,8 por cento dos empréstimos foram classificados como maus pelas autoridades chinesas em junho passado.
"Existe uma elevada probabilidade de que a proporção de empréstimos improdutivos continuará aumentando a médio prazo à luz desta discrepância", afirma o relatório da agência. "Já existem sinais de estresse, o mais óbvio é o aumento da frequência com que os bancos estão dando baixa ou descarregando empréstimos, por exemplo às companhias de gestão de ativos."
No final de 2015, a dívida chinesa foi de 243 por cento do PIB nacional com uma perspectiva de atingir 269 por cento, se a dívida continuar crescendo.
Os últimos dados estatísticos também revelam que os empréstimos vão aumentar 13 por cento anualmente, superando os ritmos de crescimento do PIB que é neste momento de 6,5 por cento.
A liquidação dos empréstimos improdutivos custaria à China cerca de US $ 2,1 trilhões, se o setor financeiro do país abordasse o problema imediatamente, avalia o relatório da Fitch. Em perspectiva mais distante, no entanto, para lidar com a pressão econômica crescente, o governo deveria tomar algumas medidas drásticas como cancelar as dívidas ou ampliar os prazos de reembolso.
"A dimensão [do sistema bancário paralelo] é de cerca de 12 a 15 por cento do total do sistema bancário e a maioria dos ativos bancários sombra está relacionada com obrigações e produtos de liquidez que são considerados como produtos de baixo risco", disse ele em entrevista ao jornal britânico City A.M.