"O comandante-em-chefe dos EUA, Barack Obama, apoiava, como todos me convenciam, a cooperação com a Rússia. Confirmou isso durante o encontro com o presidente [da Rússia Vladimir] Putin na China. Pelos vistos, os militares não parecem obedecer ao seu comandante-chefe", disse Lavrov para o canal televisivo russo NTV.
"Pelos vistos, ele estava 'a ferver', porque está sob críticas violentas do mecanismo militar dos EUA", disse Lavrov.
Além disso, o chanceler russo acrescentou que é evidente que "o Ocidente, encabeçado pelos EUA, que lideram a coalizão contra o Daesh, e como dizemos, contra a [Frente] 'al-Nusra na Síria' não conseguem cumprir as suas responsabilidades".
Além disso, o alto diplomata russo destacou que agora não poderá confiar a 100% na coalizão liderada pelos EUA. Lavrov disse que a coalizão realiza ataques somente contra o Daesh, mas não alveja as posições da Frente al-Nusra.
Há que lembrar que, segundo os acordos atingidos pela Rússia e os EUA em 9 de setembro, Washington concordou em tomar um leque de medidas em conjunto com Moscou em relação à Frente al-Nusra. Em particular, as partes acordaram elaborar um mapa com as posições do Daesh e Frente al-Nusra para realizar ataques mais tarde. A prioridade do acordo era a demarcação das regiões controladas pelos terroristas do Daesh e da Frente al-Nusra. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, avisou na reunião do Conselho de Segurança da ONU que a comunidade internacional não irá fechar os olhos à cooperação entre a oposição síria e os terroristas da Frente al-Nusra.