Palocci, que também foi ministro da Casa Civil no governo Dilma, virou alvo da PF por suspeita de ligações criminosas com a Odebrecht, assim como outros envolvidos na investigação.
"Há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o poder público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", diz a PF.
O nome “Omertà”, segundo a PF, é uma referência à origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência a Palocci (“italiano”), e também ao voto de silêncio que supostamente imperava na Odebrecht e que, ao ser quebrado por integrantes do “setor de operações estruturadas”, permitiu o aprofundamento das investigações. Além disso, remeteria à postura atual da chefia da empresa, que, segundo a PF, se mostra “relutante em assumir e descrever os crimes praticados".