Ao ser perguntado, no ar do programa Anch´Io (Io também), sobre as recentes declarações feitas na ONU pela embaixadora americana Samantha Power, o ministro criticou a ofensiva russo-síria em Aleppo.
Gentiloni disse que, se a Rússia continuar apoiando o governo de Bashar Assad (que ele descreveu como "um ditador que está no caminho de declínio"), ela "perderá o seu papel internacional".
No entanto, ele qualificou o papel internacional da Rússia de "êxito alcançado por Putin".
Se a Rússia não colabore para demitir Assad, insiste Gentiloni, "vai ser inevitável a ruptura diplomática internacional dramática".
"Tudo isso por apoiar um ditador que está no caminho de declínio", disse o ministro.
Há um ano, em 30 de setembro de 2015, a Rússia enviou os primeiros aviões de combate para a base síria de Hmeymim, com o fim de combater o grupo terrorista Daesh. A operação russa foi coordenada com o governo e exército do país árabe.
Ao mesmo tempo, atua no país uma coalizão internacional liderada pelos EUA, que combate os terroristas também. As partes têm tentado estabelecer contatos para melhor lutar contra o "inimigo mundial número um" — o Daesh; mas há também reproches mútuos. A mais recente situação embaraçosa foi o bombardeio de uma coluna das forças armadas governamentais sírias pela aviação da coalizão (os EUA, a Dinamarca e o Reino Unido confirmaram a sua participação). Samantha Power, na ONU, chamou isso de "erro" e culpou, por sua vez, a Rússia de bombardear civis inocentes em Aleppo, uma das principais cidades do país.
Em meados de agosto, a Itália começou também uma ofensiva contra o Daesh na Líbia, país que não tem nenhum, governo oficial no momento e é assolado por vestígios de uma guerra civil que data de 2011.