Segundo ele, este novo órgão poderá garantir a segurança na zona de exclusão aérea na Síria, algo em que a Turquia tem insistido há mais de um ano. Porém, todas as propostas foram rejeitadas pela comunidade internacional.
Erdogan destacou que cerca de 65 mil combatentes poderiam estar envolvidos na iniciativa.
Ele opina que a "iniciativa de criar o segundo exército nacional significa tentar dividir o país".
"O anúncio contradiz a alegação anterior de Ancara que a operação militar Escudo do Eufrates é destinada a manter integridade territorial da Síria", indica.
"O governo turco está fazendo um jogo duplo na Síria. Por um lado, a ideia de "exército nacional" pode estar ligada à tentativa de Ancara de prevenir criação de corredor curdo. Por outro lado, isso parece uma parte da estratégia turca de derrubar o [presidente sírio Bashar] Assad e tomar sob controle uma parte do território sírio. A operação Escudo do Eufrates combina esses dois objetivos", destaca Guller.
Ainda segundo Guller, o governo turco "diz querer normalizar relacionamento com Síria, mas ao mesmo tempo continua defendendo a retórica contra Assad".
"Ancara tem reiterado que a solução síria será alcançada somente se Assad sair do poder. Isso prova que a operação turca na Síria tem vários objetivos ao mesmo tempo", conclui o especialista.