Hoje, o tratamento das pessoas que vivem com HIV, na fase inicial é composto pelos medicamentos Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz, conhecido como 3 em 1. A partir do ano que vem, o medicamento Dolutegravir associado ao 2 em 1 (Tenofovir e Lamivudina) será indicado no lugar do Efavirenz.
De acordo com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, apesar do momento de redução de gastos do governo, a pasta conseguiu negociar com o laboratório a redução em 70% o preço do Dolutegravir, passando a unidade de US$ 5,10 para US$1,50. Ricardo Barros garantiu que a compra do medicamento não vai modificar o orçamento atual do Ministério da Saúde.
"Estamos fazendo o melhor tratamento do mundo com o menor custo. Não era nem para se pensar em um momento de tanta restrição orçamentária ousar buscar mais qualidade no tratamento, sabendo que há um impacto financeiro. Se fizéssemos uma conta inicial de US$5,10 cada comprimido, nem começaríamos dialogar sobre a possibilidade dessa incorporação, porque o orçamento não permitiria, que pudéssemos alcançar esse objetivo, mas nós ousados. Nós temos clareza de que é possível fazer muito mais com os recursos que temos."
O Dolutegravir é um antirretroviral considerado inovador, de ponta, e é indicado pela OMS – Organização Mundial de Saúde.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2005 e 2016, o total de brasileiros em tratamento passou de 165 mil para 483 mil. Em 2016, de janeiro até agosto, 48 mil pacientes iniciaram tratamento.
Desde o começo da epidemia, o Brasil registrou 798.366 casos de aids, no período de 1980 a junho de 2015. No período de 2010 a 2014, o Brasil registrou 40,6 mil novos casos ao ano, em média.
Em relação à mortalidade, houve uma redução da taxa de mortalidade por aids de 10,9% nos últimos anos, passando de 6,4 mortes por ano por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 em 2014.