"O único país no mundo que nos ajuda é a Rússia. Apenas a Rússia em todo o mundo luta pelos direitos dos oprimidos! Estamos muito gratos!", diz ele.
"Desde 2012 que os militantes tentam quebrar a defesa, algumas vezes eles tentaram fazer explodir as muralhas da cidade, mas não conseguiram chegar perto.
Resistimos aos bombardeios de metralhadoras pesadas e artilharia. A cidadela é um símbolo da resistência de Aleppo e de toda a Síria", disse Dahir Koswara, tenente do exército sírio.
Tentativa de assalto
Ao longo dos séculos, esta fortaleza foi invadida por legionários romanos, mongóis e turcos. Quatro anos atrás, cercaram os esquadrões de extremistas. A pequena guarnição de duas dúzias de soldados e oficiais, privados de abastecimento, mantiveram a defesa alguns meses, até ter sido aberta uma passagem secreta.
"A última tentativa de captura ocorreu recentemente. Descobrimos que, da parte de fora, estava a ser escavado um túnel de 200 metros de cumprimento. Eles escavaram durante cinco meses, nós organizámos uma emboscada debaixo da terra. Dois foram liquidados no local, outros fugiram. Fizemos o túnel explodir", conta o comandante da fortaleza, Mahmoud Ganesh.
Patrimônio da UNESCO
Dentro das muralhas da fortaleza há centenas de relíquias antigas e monumentos de arquitetura. Todo o complexo está inscrito na lista do património Mundial da UNESCO. De acordo com os arqueólogos, o primeiro achado encontrado tem mais de 10 mil anos.
Após o terremoto do século XIX, quase todas as construções foram destruídas. Permaneceram apenas o anfiteatro romano, a sala do trono, várias mesquitas e igrejas. Tudo isto há quatro anos que é ameaçado pelos terroristas.