Neste momento, a questão mais destacada são as vendas de armas à coalizão liderada pela Arábia Saudita que participa da guerra no Iêmen.
Sua demanda foi apoiada pelo Partido da Esquerda Liberal, cujo porta-voz Bard Vegar Solhjell também apelou a uma paragem completa da venda de armas para a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Egito, a todos os que estão bombardeando o Iêmen.
"Eu não vejo nenhuma razão para que a Noruega deva continuar realizando suas exportações de armas para alguns dos países que estão em guerra. A guerra no Iêmen é muito brutal, com violações documentadas do direito humanitário internacional identificadas pela ONU e outras organizações", disse Bard Vegar Solhjell ao jornal norueguês Dagbladet.
Anteriormente, a Noruega parou suas vendas de armas a Israel e à Colômbia, bem como ao Egito e Bahrein durante a Primavera Árabe.
"A venda de armas aos países envolvidos na guerra iemenita, pelo contrário, se está tornando uma tradição norueguesa", ironiza Solhjell.
"O perigo de equipamento militar norueguês ser usado na guerra no Iêmen contra civis é muito real. O problema é que as autoridades norueguesas não vão dar informações precisas sobre o que exatamente foi vendido e, portanto, é impossível discutir o que está realmente acontecendo", disse o conselheiro do escritório norueguês da Anistia Internacional Gerald Folkvord ao Dagbladet no início deste ano.
Desde 2014, o Iêmen vem sofrendo com um conflito armado entre os rebeldes houthis do movimento xiita Ansar Allah, que contam com suporte de militares partidários do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, e as tropas do atual presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi.