Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Guillaume Long, disse que a visita de tal nível será a primeira na história deste país. O chefe da diplomacia equatoriana destacou que isso é uma "caraterística de relações cada vez mais estreitas" entre os dois países, que criam "amplas oportunidades para promover as exportações equatorianas".
A América Latina considera de forma cautelosa a desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa, pensando que esta pode ser um obstáculo para as suas exportações. É por isso que se espera que o apoio chinês ao crescimento econômico seja o tema principal da visita do ministro chinês.
Em setembro, o presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, visitou Pequim para acordar investimentos e atingiu seu objetivo, inclusive em relação à construção de ferrovias. No ano passado, os dois países acordaram que Peru se juntará ao projeto de construção da ferrovia através da América do Sul que ligará o litoral do Pacífico no Peru com o litoral atlântico do Brasil.
Hoje, os três países preparam um documento que servirá de base ao projeto. O custo do projeto será de $10 bilhões.
Os analistas pensam que Wang Yi tenciona promover a construção da ferrovia porque esta tem grande importância estratégica para a China. A China obterá o controle sobre fluxos de carga do porto brasileiro de Acu até ao porto peruano de Ilo. Os especialistas chamam este projeto de alternativa ferroviária ao Canal de Panamá, que está sob controle dos EUA.
"Este cenário de isolamento da China está sendo desenvolvido há muito tempo à escala global. Para atingir isso os EUA elaboraram, nomeadamente, a Parceria Transpacífico. Os norte-americanos estão muito preocupados com a crescente influência da China na América Latina", disse o vice-diretor do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia, Boris Martynov, à Sputnik China.
Para não perder sua influência na América Latina, os EUA lançam novas iniciativas, uma das quais é restaurar as relações diplomáticas com Cuba. Agora os EUA devem escolher o que fazer – abandonar o continente ou conter suas ambições na competição com a China.
"O que agora a China está fazendo na América Latina, está fazendo partindo dos seus interesses. É uma política absolutamente pragmática que faz honra à China."