Entretanto, cada uma destas variantes comporta o risco de uma reação pouco previsível, escreve o jornal The National Interest.
Para introduzir a zona de exclusão aérea na Síria os EUA terão de neutralizar a aviação síria e os sistemas de defesa antiaérea da Rússia, destacou o analista da publicação, Dave Majumdar. Os EUA enfrentarão neste caso obstáculos de caráter jurídico e militar.
A barreira jurídica para uma intervenção militar consiste em que, formalmente, os EUA não estão em estado de guerra com a Síria. Além disso, a ONU não adotou uma resolução autorizando os militares norte-americanos a agir de forma oficial no território deste país.
"Do ponto de vista técnico, mesmo as operações militares que os EUA estão realizando na Síria são campanhas militares e, formalmente, são ilegais. A administração Obama sabe isso, conforme notou o secretário de Estado norte-americano Kerry durante a conversa com os ativistas dos movimentos sírios rebeldes", disse o analista.
No caso de introdução de uma zona de exclusão aérea, a aviação norte-americana deve interceptar e possivelmente abater os aviões russos e sírios que entrem no espaço aéreo determinado por Washington.
"Os políticos norte-americanos apostam em que Moscou, que provavelmente não quer combater com os EUA, recuará e se submeterá à introdução da zona de exclusão aérea. Entretanto, Washington não quer começar uma guerra contra a Rússia, que preservou uma pequena parte do potencial militar que restou da antiga União Soviética, mas que permanece o único Estado no planeta capaz de transformar os EUA em cinzas carbonizadas e radioativas", escreve o analista.
"É fácil começar um conflito com a Rússia e a Síria, mas uma guerra aberta com bombardeamentos e baixas pode ficar fora de controle. Pelos vistos, seria razoável demonstrar comedimento antes de começar uma nova guerra contra uma potência nuclear."