"<…> Se observarem as informações de 19 de setembro, verão que nesse local e nessa altura os militantes da Frente al-Nusra realizaram uma ofensiva de grande escala em direção de Aleppo apoiada por fogo massivo de artilharia, tanques e sistemas de lançamento múltiplo de foguetes", diz-se no relatório.
Ao mesmo tempo, os especialistas afirmaram que a análise das fotos indica que se tratou de uma encenação, uma simulação de ataque contra o comboio. Em particular, a cabina de um dos carros permaneceu intata e "não tem marcas da explosão que acorreu muito perto — marcas de impacto dos fragmentos ou mossas, somente a carroçaria ficou queimada". Além disso, as bordas das brechas nos caminhões danificados estão cobertas com ferrugem. A estrada ficou intacta, sem marcas de impacto. Se se tivesse tratado de um ataque aéreo "toda a superfície da estrada teria tais marcas", sublinharam especialistas.
Os especialistas também consideram estranha a cratera que alegadamente foi resultado de um ataque aéreo. "A parte central como que atraiu os objetos que estavam em volta ao invés de dispersá-los", como seria normal.
"Fazendo um resumo desta análise preliminar é possível concluir que se tratou de uma encenação bem preparada ou um ataque simulado", diz-se no relatório.
Há que lembrar que, na noite de segunda para terça-feira (20), o comboio humanitário do Crescente Vermelho Árabe Sírio e de organizações humanitárias da ONU foi atacado perto da cidade de Aleppo. A passagem da coluna foi coordenada com Damasco e a oposição armada. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou sobre a morte de um dos funcionários do Crescente Vermelho e pelo menos de 20 civis.
Tendo estudado as gravações do local do ataque, os militares russos declararam não ter identificado o projétil que alvejou a coluna. O vídeo mostra somente os vestígios do fogo, que coincidiu com o começo da ofensiva da Frente al-Nusra contra Aleppo.