Bloomberg: Rússia recupera estatuto de 'superpotência de grãos'

© Sputnik / Vitaliy Timkiv / Acessar o banco de imagensColheita de trigo na região de Krasnodar, Rússia
Colheita de trigo na região de Krasnodar, Rússia - Sputnik Brasil
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A Rússia está recuperando suas posições na liderança na exportação de grãos para os mercados mundiais, escreve a agência Bloomberg.

No país se observa um “renascimento agrícola”, sobretudo quando se trata de trigo.

"Anteriormente as pessoas viviam só o dia de hoje. Agora pensamos no futuro", disse à Bloomberg Andrei Burdin, um agricultor da região russa de Kranodar, no sul do país, acrescentando que ele gasta o lucro acrescido em desenvolvimento do seu negócio.

Colheita de trigo na região de Kaliningrado, na Rússia - Sputnik Brasil
Rússia se torna líder na exportação de trigo, ultrapassando União Europeia e EUA
Nos últimos anos, ele conseguiu aumentar quase em três vezes o volume da sua safra e alargar seu terreno.

O sucesso de Burdin e outros agricultores russos (não somente no sul do país) impulsionaram um “boom nas exportações”, que nos próximos anos tornará a Rússia um dos principais atores em um dos mercados agrícolas principais.

Sua atividade é determinada pela safra abundante dos últimos anos e pela queda do câmbio da moeda nacional russa, o rublo, acredita a Bloomberg. Estes fatores levaram os exportadores russos a mercados onde anteriormente dominavam jogadores ocidentais.   

"A Rússia entrou por muito tempo para o clube dos cinco maiores exportadores e potencialmente a produtividade só irá crescer. Os outros terão de fazer muitos esforços para manter os mercados tradicionais", opina Tom Basnett, diretor da empresa de consultoria Market Check baseada em Sydney, Austrália. 

Os gigantes do mercado alimentício, como Olam International Ltd, Cargill Inc. e Glencore plc, já estão prontos para investir no desenvolvimento do setor agrícola russo. Os pesquisadores da Universidade Estadual do Kansas explicam a atratividade da agricultura russa pela fertilidade dos terrenos locais e pela proximidade dos portos do mar Negro, o que possibilita às empresas russas gastar menos dinheiro com a logística que aos outros fornecedores dos mercados do Oriente Médio.

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