O grupo do qual eles fariam parte é conhecido como "Crackas With Attitude", acusado do ataque cibernético contra as autoridades americanas. Pelo menos três outros membros, localizados no Reino Unido, também estão sendo investigados. Dois deles já foram detidos, mas não tiveram suas identidades reveladas por serem menores de idade. Um dos jovens, que usava o pseudônimo Cracka, estaria por trás da maior parte das violações.
Liverman, que se apresentava como @_d3f4ult no Twitter, disse que só conhecia os outros hackers online, e negou ter acessado qualquer banco de dados federal. Administrado da páginas AnonSec, também afirmou que seu computador foi hackeado duas noites antes da operação que culminou na sua prisão.
"Cracka e eu usávamos a criptografia OTR, a qual Snowden revelou que a NSA não podia quebrar. Mas se eles fazem buscas na sua casa e levam seu computador, eles podem usar sua senha privada para descriptografar o tráfego OTR criptografado", explicou Liverman à Sputnik, se queixando por ter tido sua identidade revelada após vazar informações para um site de notícias americano.
Alleged CIA head hacker in epic prank of James Clapper, head of DNI. Handle then betrayed by VICE journalist https://t.co/bFjpiOX3B4
— WikiLeaks (@wikileaks) 13 января 2016 г.
Para o jovem, o FBI utilizou táticas ilegais para realizar sua prisão. O método que ele acredita ter sido usado faz parte das controversas emendas que permitiriam às autoridades dos EUA vigiar um grande número de computadores e dispositivos eletrônicos dentro e fora do país, emendas que podem ser derrubadas pelo Congresso no dia 1 de dezembro.
Investigadores acreditam que o grupo foi formado em julho de 2015, quando o hacker Cracka entrou em contato com Andrew Boggs revelando ter obtido o número da Segurança Social de um grande funcionário do governo e as suas contas eletrônicas.
"Entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016, o grupo utilizou técnicas hackers de engenharia social, incluindo a representação de vítima, par ganhar acesso ilegal às contas pessoais de altos funcionários do governo dos EUA, de seus familiares e de vários sistemas de computadores do governo", declarou o Departamento de Justiça.
O inquérito foi aberto pelo FBI e pelo serviço secreto em outubro, e anunciado após a publicação de alguns documentos roubados pelo WikiLeaks.