"Pode haver alguma razão pessoal. Qualquer personagem pode sentir dentro de si que os EUA não estão fazendo as coisas como gostariam ou tentam fazer alguma coisa, mas não tem sucesso. É a sensação gradual, mas ainda assim [inevitável], do fim de sua onipotência. Isso, para mim, é muito claro", disse Lavrov em uma entrevista ao canal de TV 'Pervy Canal'.
O chanceler observou também que a União Soviética era "um mundo mundo fechado ao processo mundial, um mundo centrado em si mesmo".
"Quando a União Soviética desapareceu, todos pensaram que a Rússia iria se encolher ao seu tamanho natural e que tudo estaria bem: eles seguiram, como têm feito deste os séculos XVI e XVII, impondo suas regras e ordens e todos os escutariam", destacou Lavrov.
"Como se vê, eles se equivocaram", disse o chanceler, acrescentando que as "altas expectativas que o Ocidente tinha de ter o mundo no bolso após a queda da União Soviética […] terminaram em um mal-estar, pela simples razão de que os russos queriam fazer de seu país um país independente, com uma vida digna de que eles poderiam se orgulhar".
Lembrando as palavras do presidente russo, Vladimir Putin, Lavrov frisou que a Rússia "tem o direito de ser forte, sem negar o mesmo direito a outros países e sem impor a ninguém 'receitas de comportamento'".