"As sanções da União Europeia contra Moscou impulsionadas pela reunificação da Crimeia com a Rússia e a guerra no leste ucraniano existem desde 2014 e foram prolongadas até final de janeiro de 2017. Mas será que fará falta endurecê-las por conta da situação na Síria?", questiona a publicação alemã.
Enquanto muitos políticos alemães ainda pressionam para a imposição de novas sanções contra a Rússia por conta da sua atuação diante do conflito sírio, e apoiam as restrições por conta do conflito ucraniano, as medidas dividem opiniões no Bundestag (parlamento alemão).
Para o ministro das Relações Exteriores Franz-Walter Steinmeier, o crescente endurecimento das relações entre Rússia e EUA apresenta um dilema que faz com que seja necessário encontrar um compromisso e uma solução pacífica.
"Seu enfoque segue sendo moralmente correto, já que só a compreensão política pode ajudar os sírios. Avaliar possíveis novas medidas de punição agora não vai ajudar o povo sírio", disse o porta-voz da política externa do Partido Socialdemocrata, Niels Annen.
A edição também observa que Merkel tampouco parece estar pensando em expandir as medidas punitivas, seguindo o percurso indicado por Steinmeier. "As medidas existentes já são bastante controversas, especialmente nos Estados do leste, que estão sofrendo perdas devido ao declínio das exportações", argumenta o Der Spiegel.
Segundo a publicação, a situação atual empurra muitos políticos a reconsiderar a necessidade e racionalidade das medidas punitivas.