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Violência no Rio: Bandidos tentam desmoralizar Polícia na guerra do tráfico

© AFP 2023 / CHRISTOPHE SIMONMembro da polícia militar durante patrulha de comunidades de Praia da Ramos e Roquette Pinto, Rio de Janeiro, 1 de abril 2015
Membro da polícia militar durante patrulha de comunidades de Praia da Ramos e Roquette Pinto, Rio de Janeiro, 1 de abril 2015 - Sputnik Brasil
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“Somente um trabalho integrado dos Governos estadual e municipal, com apoio do Federal, poderá resolver o problema da Segurança Pública no Rio de Janeiro. Quando a polícia é chamada para atender uma ocorrência criminal como a violência em áreas comunitárias, ela não está atacando as causas, mas, sim, agindo sobre as consequências.”

A opinião é do comentarista de Segurança Pública, Paulo César Amêndola, coronel da Polícia Militar do Estado do Rio, criador da unidade de elite da PM, o Bope – Batalhão de Operações Especiais.

Em entrevista à Sputnik Brasil, ele comenta os graves incidentes ocorridos na segunda-feira, 10, na área da comunidade Pavão-Pavãozinho, situada nos bairros de Copacabana e Ipanema.

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Segundo a Polícia Militar, o confronto entre PMs e traficantes de drogas começou por volta das 9 horas da manhã da segunda-feira, quando criminosos atacaram as bases da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local. Houve tiroteio e dois supostos bandidos foram mortos. À tarde, os traficantes voltaram a atacar. No confronto, o comandante da unidade policial, o Capitão Vinicius Apolinário de Oliveira, foi ferido por estilhaços.

O confronto terminou com três suspeitos mortos e três policiais militares feridos. Oito bandidos foram presos. Seis deles, sendo dois feridos, entregaram-se quando se viram encurralados na mata, na parte mais alta da favela.

Na terça-feira pela manhã, o policiamento estava reforçado em toda a área dos dois bairros, Copacabana e Ipanema, porém mesmo assim a tensão ficou muito grande entre a população.

Na opinião de Paulo César Amêndola, o ataque à UPP aconteceu como parte da estratégia da criminalidade de tentar intimidar a Polícia:

“Quando criminosos atacam uma Unidade de Polícia Pacificadora, eles estão querendo mostrar que não aceitam a presença policial junto à comunidade, até porque a UPP é um dos maiores acertos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, porque o projeto está voltado para a segurança e assistência aos moradores da área. Então, não interessa aos bandidos que a Polícia seja vista com bons olhos pela população.”

Na opinião de Amêndola, embora a situação da segurança pública no Rio de Janeiro seja muito grave, existe uma fórmula para conter a violência:

“É o trabalho de integração entre as autoridades estaduais e municipais. Sem esta integração, nenhuma política de segurança vai funcionar. Os Governos estadual e municipal têm de estar presentes nas comunidades, proporcionando aos seus moradores meios de satisfazer suas necessidades. Não basta apenas policiar nem reprimir o crime. O mais importante é que a população perceba governos atuantes na área em que mora.” 

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