O método consiste na comparação foto por foto das imagens captadas pela câmera Dark Energy Camera, desenvolvida para criar mapas de galáxias distantes.
"As galáxias e estrelas são tão distantes que não é possível registrar seus movimentos em imagens [da câmara]. No entanto, os corpos celestes do Sistema Solar mudam um pouco a sua posição com o passar do tempo", explicou Gerdes para a estação de rádio NPR.
Desta forma, se podem detectar mudanças menores na posição dos corpos celestes e calcular a sua órbita. O UZ224 foi descoberto assim. No entanto, este não é o achado mais desejado de Gerdes e sua equipe.
No início de 2016, os astrônomos da Califórnia "responsáveis" pela descoberta dos planetas anões Eris e Sedna teorizaram sobre existência de um enorme planeta, 10 vezes maior que a Terra, na área por trás da órbita de Plutão.
No entanto, a pesquisa requer mais dados. Neste sentido, o método de Gerdes e a sua Dark Energy Camera pode especificar a área de pesquisa e até mesmo detectar vestígios do Planeta 9.
"Temos boas oportunidades de encontrá-lo. Seria a descoberta astronômica mais importante da nossa geração. A caça está em pleno andamento", assegurou Gerdes.