Há que lembrar que o representante especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, ofereceu em 6 de outubro aos militantes da Frente al-Nusra, cujo número é de 900 elementos, a possibilidade de abandonar a cidade com armas na mão. A Rússia declarou que a proposta de de Mistura devia ser considerada.
O especialista explicou porque Aleppo tem importância estratégica para todas as partes envolvidas na crise síria. Em sua opinião, ela tem uma localização estratégica muito atraente porque liga as partes setentrionais, do noroeste e do nordeste às regiões centrais. Além disso, a proximidade à Turquia tem assegurado a Aleppo o estatuto de capital econômica.
"Sem dúvida, isso não era um segredo para os terroristas, que afetaram uma parte significativa do seu orçamento e recursos humanos para estabelecer o controle sobre Aleppo.Assim, a liberação de Aleppo significará a eliminação de contatos dos extremistas com seus financiadores no território da Turquia, em primeiro lugar, <…> e abrirá caminho das forças de resistência para Idlib. Além disso, o governo de Assad poderá usar a liberação de Aleppo como um trunfo político nas negociações com o Ocidente e obrigar os EUA e a Arábia Saudita a rever suas posições em relação a si próprio", disse.
O especialista afirmou que vê três cenários para o futuro dos movimentos extremistas na Síria. O primeiro é a "dança atrás das costas". Mantendo suas posições na Síria, os terroristas preparam um ataque contra a Arábia Saudita, uma ideia que é apoiada pela Al-Qaeda. Neste caso pode surgir uma grande coalizão de grupos terroristas que coloquem uma ameaça ao Ocidente e ao mundo xiita.
Esta coalizão já tem apoios na Europa que é o grande número de refugiados. O segundo cenário é a mutação das forças terroristas. Os grupo terroristas podem se transformar em grandes fluxos de extremistas. O Ocidente não conseguirá manter o controle sobre os terroristas. Este cenário está ligado a um enfraquecimento gradual dos extremistastas.