Apesar de várias alegações anteriores de que a chamada ameaça russa é, supostamente, dirigida contra os Países Bálticos e contra à Polônia, a Rússia reiterou por diversas vezes que não pretende atacar nenhum país da OTAN.
Antes, o chanceler russo Sergei Lavrov tinha declarado que a OTAN sabe perfeitamente que Moscou não pretende atacar ninguém, mas usa qualquer pretexto para deslocar mais material bélico e batalhões para junto das fronteiras russas.
Entrevistado pela revista Do Rzeczy, Roman Polko não descartou que "em perspectiva de alguns meses a Rússia possa atacar sob algum pretexto fictício". Segundo ele, "as forças russas podem ser enviadas para a Lituânia ou Estônia alegando a defesa dos interesses da minoria russa".
"Neste contexto seria razoável iniciar manobras militares na região oriental, inclusive para intimidar e, por exemplo, instalar lá um batalhão", ressalta.
Em 8 de julho, durante a cúpula da OTAN em Varsóvia o secretário-geral da Aliança do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg, declarou que a OTAN colocará quatro batalhões nos Países Bálticos e na Polônia em 2017 compostos por tropas dos EUA, Canadá, Alemanha e Reino Unido.