Assim, provavelmente se iniciará uma prática de terceiros exercícios anuais russo-chineses, além das manobras Peace Mission e Sea Interaction, aponta o especialista russo em questões militares Vasily Kashin em entrevista à Sputnik China.
"Em maio, nos exercícios foram usados sistemas antimísseis HQ-9 que podem ser uados contra mísseis balísticos de curto alcance", aponta Kashin.
Segundo ele, a questão do desenvolvimento das manobras conjuntas russo-chinesas representa um grande interesse. A Rússia e a China estão desenvolvendo um sistema de defesa antimíssil estratégico capaz de interceptar alvos balísticos, inclusive satélites em órbitas baixas.
"Do ponto de vista político, os exercícios russo-chineses de defesa antimíssil parecem ser uma reação à instalação do sistema THAAD na Coreia do Sul", sublinha.
Na opinião de Kashin, uma resposta militar razoável seria posicionar meios de ataque russos e chineses de forma a poderem destruir instalações de defesa antimíssil dos EUA no sul da península coreana. Estes meios poderiam ser mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro da China posicionados no nordeste do país.
Quanto à cooperação entre a Rússia e a China na área da defesa antimíssil, ela pode ser considerada como consequência das relações dos dois países com os EUA e um indicador importante da aproximação entre eles, conclui Kashin.