Em conversa com a agência, Migrayan, professor do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, saudou a decisão russa de criar a base naval em Tartus, o que permitirá, segundo ele, aumentar a sua influência na região.
Também na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin ratificou o acordo com o governo sírio que permite à Rússia a usar a base aérea de Hmeymim localizada no território sírio durante um período de tempo indefinido.
O acordo assinado por Moscou e Damasco em 26 de agosto já foi aprovado por ambas as câmaras do Parlamento russo.
O documento regula os termos de utilização da base pelo grupo aéreo russo e destaca que este último está estacionado em Hmeymim sem necessidade de pagar e sob a solicitação da Síria.
Quanto à presença russa em Tartus, Migrayan acha que este fato fortalecerá significativamente as posições russas:
"Isso pode ser chamado de mudança drástica porque nós nunca tivemos uma verdadeira base naval no Mediterrâneo. A criação de tal base em Tartus pode mudar a situação qualitativamente e vamos ter a posição mais poderosa no Sul do Mediterrâneo ".
Claramente, as bases russas irritarão Washington e poderão até provocar histeria, disse. De acordo com o especialista, o presidente Obama será acusado de ignorar a expansão russa na região. Além disso, o lado americano, que desde os anos 1990 vê a Rússia como uma nação fraca, atualmente está furioso ao ver as ações determinadas do presidente russo na proteção dos interesses do seu país.