Esta visão da situação atual foi partilhada por especialistas russos e estrangeiros com a mídia russa, inclusive com a agência Sputnik.
Nomeadamente, esta é a opinião de George Messi, chefe do departamento de relações internacionais da Universidade Americana de Ciência e Tecnologia em Beirut (Líbano), que ele partilhou com a RIA Novosti:
"Se a Rússia mais uma vez quer desempenhar um papel de relevo na área internacional, ela precisa desta base, primeiramente para proteger os seus interesses. <…> Os Estados Unidos possuem bases em todo o mundo. Por que razão a Rússia não pode ter pelo menos uma base no Oriente Médio?".
Além disso, Korotchenko crê que a base em Tartus permitirá prestar assistência técnica e logística às forças da Marinha russa presentes no Mediterrâneo. Juntamente com a base aérea de Hmeymim, a base em Tartus "reforçará a defesa da Rússia e a sua política externa", ajudando, ao mesmo tempo, a neutralizar qualquer tipo de ameaças.
George Messi notou também que Washington não está feliz com a base russa no território sírio porque é isso é um ponto de discórdia entre os dois países, seja quem for o novo presidente.
"Os americanos devem compreender que não estamos em 1990. A Rússia é mais forte agora. O Ocidente, em particular os EUA, devem admitir que Moscou acabou de criar uma nova realidade militar e política", notou.