As informações são da agência Kyodo, cujo repórter registrou a chegada de Han Song-ryol.
Foi destacado que em maio deste ano ele se reuniu com ex-diplomatas dos EUA durante sua viagem à Suécia em maio. Mais tarde, em setembro, uma delegação norte-americana, chefiada pelo governador do Estado do Novo México Bill Richardson, visitou Pyongyang. Será que estas duas visitas têm alguma coisa a ver com novos rumos da política norte-americana em relação à Coreia do Norte?
Ele ressalta que os contatos com a Coreia do Norte não foram cessados apesar das sanções duras contra o país.
Segundo Toloraya, os contatos continuam, inclusive com a Rússia. Mas do lado americano isso se parece mais com uma preparação de planos para o futuro.
"No momento está em curso uma discussão ativa sobre a justiça e racionalidade das políticas realizadas por Obama", informa.
"Assim, é bastante difícil prever qual será a opinião a prevalecer no futuro. Mas, de qualquer forma, os contatos entre as partes americana e norte-coreana continuarão", frisa.
Toloraya destaca que a diplomacia norte-americana tenta atrair a China para pressionar a Coreia do Norte, mas em vez de adotar passos de aproximação com Pequim, após os testes nucleares de Pyongyang os EUA instalaram o sistema de defesa antimíssil na Coreia do Sul, que está claramente direcionado contra a China. Segundo ele, é por isso que os chineses dificilmente acreditam em promessas dos EUA.
"Acho que os americanos terão dificuldade em chegar a um entendimento com os chineses no tempo mais próximo, até porque os EUA ainda não sabem como formular concretamente seus objetivos", explica o especialista russo.
Segundo ele, as consultas entre esses dois países já começaram e, possivelmente, serão mais ativos, e o Japão tem uma chance de reiniciar consultas bilaterais com Pyongyang.
Entretanto, vários analistas acreditam que a política dos EUA de sanções duras contra Pyongyang, em vez de negociações, levou ao resultado oposto. O cenário mudou – a Coreia do Norte considera essencial seu reconhecimento como potência nuclear, o que contradiz os interesses dos EUA, China e Rússia.
Assim, será que as negociações de bastidores dos EUA poderão ajudar na solução da crise na península coreana? A questão continua em aberto.