Ontem, houve dois vazamentos. São e-mails do próprio John Podesta e de outros participantes da campanha: discussões entre autores dos discursos da presidenciável, relatórios de eventos e comícios realizados, anúncios e sugestões de novos eventos.
Há coisas que podem parecer nocivas para a carreira política de Clinton. Por exemplo, uma sequência de e-mails que denuncia duas atitudes completamente diferentes da candidata, em privado e em público, sobre o gasoduto da Northeast Energy Direct (NED).
Trata-se da reação da União Internacional de Operários da América do Norte (LIUNA), citada pela responsável pelos contatos com organizações de trabalhadores da campanha, Nikki Budzinsky.
"Eu queria que a gente refletisse sobre a resposta que eu recebi do Conselho Comercial das Construtoras, especialmente LIUNA, depois da notícia de ontem informando que HRC [Hillary Rodham Clinton. — Redação] se opõe ao gasoduto da NED em Nova Hampshire. Eles estão muito irritados", informa Budzinsky. Irritados por quê? "Eles estão também preocupados que ela tenha optado por não fazer decisões sobre gasodutos, e agora parece que ela está sucumbindo à pressão e fazendo precisamente isso".
A diretora do departamento esclarece: a resposta pública de Hillary foi pronunciada durante um evento de campanha, onde ela caiu em uma "emboscada", por isso, segundo ela, esta atitude "não é uma representação adequada da sua plataforma energética".
A campanha presidencial é sempre uma guerra midiática. A de Hillary não podia ser diferente. O porta-voz dela, Adrienne K. Elrod, disse em uma mensagem de 27 de agosto de 2015 o seguinte:
"Aqui, duas coisas estão acontecendo. A primeira: 'Hillary continua vencendo' é uma manchete entediante, por isso há a tendência de adotar um discurso forte para conseguir outra coisa. A segunda é que a imprensa como um todo não gosta muito de Hillary (e o sentimento é mútuo), o que dá a entender que o público está se sentindo da mesma maneira."
WikiLeaks
Mais cedo, foi informado que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu ao Equador para persuadir Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, a não divulgar novos vazamentos sobre a presidenciável democrata. Julian Assange está agora na embaixada do Equador em Londres.
Equador confirmou que o país bloqueou temporariamente o acesso à Internet de Julian Assange.
Agora, a batalha principal é entre a democrata Clinton e o republicano Donald Trump, acusado pela campanha de Clinton de manter "laços com a Rússia". Veja o que os candidatos à presidência dos EUA falaram sobre o mundo.