Com a entrega do submarino Arihant à Marinha indiana as Forças Armadas do país passaram a ter vetores de baseamento terrestre, marítimo e aéreo.
Vasily Kashin, especialista em questões militares, revela à Spútnik China mais detalhes sobre o assunto.
Kashin aponta que o Arihant é apenas o primeiro dos quatro submarinos nucleares indianos previstos.
"Não se sabe se nestas condições a Índia poderá realizar patrulhamento permanente. As Marinhas da França e do Reino Unido possuem esquadrilhas de quatro submarinos para patrulhamento permanente e dissuasão nuclear, mas sua experiência no uso dos submarinos é muito superior à da Índia", explica Kashin.
"Abrigos para submarinos nucleares e sua proteção será uma das principais tarefas para a Índia", aponta o especialista.
O problema é que os países da OTAN – EUA, Reino Unido e França – possuem em conjunto supremacia absoluta no mar e seus submarinos são invulneráveis para qualquer inimigo, destaca Kashin.
"A Índia precisa levar em consideração a ameaça que a Marinha do Paquistão representa para os submarinos nucleares indianos", ressalta.
Anteriormente o Paquistão fechou um contrato para adquirir oito submarinos diesel-elétricos chineses de uma nova classe. A ameaça proveniente da China poderá ser ainda maior, já que os chineses superam a Índia em termos de números e de nível da sua frota.
É possível que no futuro previsível o Paquistão possa criar um análogo mais barato das forças navais estratégicas nucleares indianas equipando, por exemplo, o míssil antinavio com ogiva nuclear usado pelos submarinos diesel-elétricos, ou desenvolver a cooperação com a Coreia do Norte, importando sua tecnologia bem-sucedida de construção de submarinos diesel-elétricos equipados com mísseis balísticos de médio alcance a combustível sólido.