O documento afirma que o Pacto Molotov-Ribbentrop, firmado entre a União Soviética e a Alemanha, “levou à eclosão, em 1º de setembro, da Segunda Guerra Mundial” e, em seguida, à “ocupação da Polônia pela Alemanha e a União Soviética”, à “ocupação soviética” da Lituânia, Letônia e Estônia e à repressões em massa.
Outra interpretação histórica postulada pela declaração se refere a decisões que marcaram uma “nova etapa na escravização de toda a Europa Central e Oriental”, que teria durado “mais de cinquenta anos”, segundo afirma o texto do documento.
O presidente da Suprema Rada, Andrei Parubiy, declarou que o pacote também deverá ser aprovado pelo parlamento polonês. Na Lituânia, a declaração será apreciada um pouco mais tarde, após eleições da nova convocação parlamentar do país, informou o 112.ua.
O pacto de não agressão, proposto por Berlim, foi assinado entre a União Soviética e a Alemanha em 23 de agosto de 1939. Sua assinatura se deu após o governo soviético ter comprovado a relutância de países ocidentais em cooperar com a URSS na organização de uma frente unida contra a Alemanha nazista. Protocolos secretos atrelados ao pacto previam a separação das esferas de influência entre URSS e Alemanha, o que acabou acontecendo quando os nazistas invadiram a Polônia em 1º de setembro e as tropas soviéticas foram introduzidas na região da Ucrânia e Bielorrússia Orientais, que àquela altura eram territórios poloneses.
Após a invasão da União Soviética pela Alemanha, o pacto Molotov-Ribbentrop foi revogado. Em dezembro de 1989, o Congresso dos Povos da URSS aprovou uma resolução condenando oficialmente o pacto.