Vale ressaltar que as relações turco-iraquianas ficaram mais tensas quando os militares turcos entraram no Iraque no final de 2015 sob pretexto de ajudar na luta contra o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países). O governo turco anunciou que as suas forças iriam participar da operação de libertação da cidade de Mossul, no norte do Iraque, mas as autoridades iraquianas afirmam que não deram seu consentimento.
"A Turquia não está combatendo o Daesh, ela está lutando em prol dos seus interesses e do aumento da sua influência", disse al-Abadi em um fórum islâmico em Bagdá, citado pela agência Rudaw.
Na sexta-feira (21) o chefe do Pentágono Ashton Carter anunciou que o Iraque e a Turquia chegaram a um entendimento preliminar sobre a participação da Turquia no combate ao Daesh. Porém, o adido de imprensa do governo iraquiano Saad al-Khudaisi desmentiu essas informações e comunicou à Sputnik Internacional que nenhum entendimento foi alcançado a esse respeito.
Em 17 de outubro Haider al-Abadi anunciou o início da operação militar para libertar Mossul das mãos do Daesh. Segundo a mídia local, cerca de 30 mil soldados iraquianos e 4 mil efetivos das unidades peshmerga participam da operação, apoiada pela coalizão internacional liderada pelos EUA.