Wang Hongguang, ex-vice-comandante do Distrito Militar de Nanquim, informou ao site Global Times que é necessário planejar uma operação militar e preparar a Marinha e aviação chinesas.
Em entrevista à Sputnik China, o especialista russo em questões da China contemporânea, Andrei Karneev, comenta a declaração do general chinês.
"Apesar do esfriamento dos laços entre Pequim e Taipé, após as eleições presidenciais em Taiwan, a situação no Estreito de Taiwan continua tranquila e estável", destaca Karneev, frisando que a opinião do general chinês não necessariamente coincide com a posição oficial da China sobre o assunto.
Na opinião do especialista russo, "essa publicação reflete descontentamento geral de Pequim relacionado às alegações da presidente de Taiwan, Cai Yingwen, eleita em janeiro deste ano". Segundo analistas, a retórica hostil de Pequim pretende pressionar o governo de Cai Yingwen, reforçando a existência da linha vermelha – que não pode ser atravessada.
"Cai Yingwen não está dando passos rumo ao anúncio da independência de Taiwan. Isso e somente isso pode levar o governo chinês a recorrer à força", acredita Karneev.
"Caso alcance relações bem-sucedidas com o continente, Guomindang reafirmará sua reputação partidária, capaz de construir relações com a China continental melhores do que as restantes forças políticas em Taiwan", ressalta o especialista russo.
"Pequim está pronto para realizar tais contatos. Em 24 de outubro, a Chancelaria chinesa para questões de Taiwan informou sobre a próxima visita de uma delegação de alto nível do partido Guomindang, que está programada para o final de outubro ou início de novembro e que será chefiada pelo presidente do partido, Hong Xiongzhu", conclui.