Em entrevista exclusiva à Sputnik Internacional, McAdams destacou que "a saída dos EUA será a melhor coisa possível para a paz na Síria".
"Os sírios e seus aliados devem decidir o que acontecerá com esses grupos", sugere McAdams.
No que diz respeito às eleições presidenciais nos EUA de 8 de novembro, McAdams acha pouco provável que os EUA deixem a Síria após as eleições, sendo que, na opinião dele, ambos os candidatos, Hillary Clinton e Donald Trump, "são intervencionistas por natureza".
Ao mesmo tempo, ele frisa que o conflito na Síria continuará caso Washington não altere sua estratégia de mudança do regime no país.
McAdams aponta que os dois presidenciáveis norte-americanos poderão tratar o problema de maneira diferente. Por exemplo, segundo ele, Trump poderá ordenar envio de 10 mil tropas do Exército, enquanto Clinton, "poderá reforçar drones e começar uma guerra com a Rússia".
Ao mesmo tempo, McAdams opinou que, caso Trump seja eleito presidente, o acordo nuclear sobre o Irã estará ameaçado, pois anteriormente o bilionário prometeu cancelá-lo.
McAdams acha que Trump, ao contrário de Clinton, "não compreende o conteúdo do acordo e, infelizmente, não compreende muita coisa sobre o Irã".
Em julho de 2015, o Irã e o grupo do P5+1 (Rússia, EUA, China, França, Reino Unido e Alemanha) chegaram a um acordo histórico sobre o programa nuclear do Irã, após anos de tensões e negociações. Em janeiro deste ano, os Estados Unidos e a União Europeia revogaram oficialmente as sanções contra Teerã, após a confirmação de que a parte iraniana havia cumprido as exigências descritas no acordo.