Talvez Renzi tenha recebido a missão de abrir uma frente europeia para diminuir a tensão da atmosfera. Entretanto, na opinião do jornalista, a ideia não foi dele, veio do exterior. Se se dirigir a Bruxelas e de súbito declarar que é tempo de levantar as sanções à Rússia, isso significa que alguém ou algo o incitou a isso.
A segunda razão para esta decisão de Renzi é o fato de que a elite financeira e representantes da indústria italiana estão se manifestando contra as sanções. Assim, ele decidiu que é preciso receber o apoio de pessoas influentes antes do referendo, que será realizado dentro de algumas semanas, e que decidirá se a Constituição do país será alterada. Disso depende a carreira política de Renzi, sublinhou Chiesa.
Na opinião de Chiesa, a Europa percebeu estar em uma situação difícil, pois seus interesses não coincidem com os dos EUA. Como mostrar ao "Grande Irmão" que ela é oposição? A melhor opção é testar isso com ajuda do "pequeno irmão" – a Itália.
Renzi jogou com sucesso três partidas – uma interna e duas externas. A França e a Alemanha cederam. A Europa fechou a questão das novas sanções contra a Rússia.
Entretanto, segundo o jornalista, isso ainda não é o fim da história. Clinton quer uma guerra. Há outros em Washington que quererão castigar uma Europa pouco obediente. O resultado de tudo isso ficará claro em alguns meses, concluiu Chiesa.