Eis o que aponta o relatório do Instituto de Análise Política de Conflitos (IPAC), um centro de pesquisas independente situado em Jacarta, capital da Indonésia. O documento foi publicado no site da entidade na terça-feira (25) e se baseia em pesquisas do Instituto, na análise de dados das forças de segurança da região do Sudeste Asiático e nas informações de propaganda de grupos islâmicos.
Devido ao fato de o Daesh estar perdendo pouco a pouco suas posições na Síria e no Iraque, é cada vez mais difícil para os islamistas do Sudeste Asiático penetrar nos territórios ocupados pelo Daesh no Oriente Médio e se juntar aos restantes militantes.
Ultimamente a adesão de novos militantes da Malásia e Indonésia ao grupo terrorista Abu Sayyaf e outras organizações extremistas do sul das Filipinas tem aumentado. Entre eles estão estudantes universitários que dominam bem as tecnologias informáticas e são usuários experientes da Internet e redes sociais. Esse fator poderá contribuir para recrutamento mais ativo de novos adeptos e intensificar a atividade terrorista na região do Sudeste Asiático, diz-se no relatório.
Apesar de numerosos encontros entre as forças de segurança dos países da região, até o momento não foram elaborados métodos eficientes de cooperação no combate ao extremismo, fenômeno que está adquirindo envergadura regional, informam os autores do relatório.