Contudo, as YPG são consideradas pelos Estados Unidos como aliados na luta contra o grupo terrorista Daesh.
Turquia é também um aliado dos EUA. O conflito parece iminente.
Os "terroristas", para Uslu, não são somente os militantes do grupo extremista Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), que atua na Síria e no Iraque desde 2013. "Nós consideramos tanto os destacamentos das forças curdas de autodefesa, como o Exército Livre da Síria [grupo armado de oposição, apoiado por Ancara] e o Daesh como terroristas do mesmo nível. Portanto, a sua atividade deve ser considerada como terrorista. Quem lhes deu o direito de fazer guerra no território de um Estado soberano com as autoridades legais e legítimas? Por isso, consideramos os Estados, que apoiam estes grupos na sua luta contra Damasco, como apoiadores do terrorismo", acusou o político.
Abidin Uslu também criticou a "lógica dos americanos", que falam em apoio às YPG curdas, mas permitem que as forças turcas as ataquem. Ele aconselha as partes a deixarem de apoiar grupos considerados como terroristas e focarem no combate ao inimigo principal, o Daesh.
"Os americanos devem parar de apoiar as forças curdas de autodefesa, e os turcos, parar de apoiar os militantes do Exército Livre da Síria. Tanto Washington como Ancara devem agora se centrar na ajuda ao governo sírio", insiste Uslu.