'Eu não consigo compreender a lógica dos americanos'

© AFP 2023 / DELIL SOULEIMANForças curdas e árabes, aliados dos EUA, preparam um lançador de foguete móvel antes de se deslocar para Manbij, ocupada por terroristas do Daesh, em 23 de junho de 2016
Forças curdas e árabes, aliados dos EUA, preparam um lançador de foguete móvel antes de se deslocar para Manbij, ocupada por terroristas do Daesh, em 23 de junho de 2016 - Sputnik Brasil
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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, insiste que as forças turcas irão libertar Manbij, cidade situada no norte da Síria, das forças curdas de autodefesa, YPG.

Contudo, as YPG são consideradas pelos Estados Unidos como aliados na luta contra o grupo terrorista Daesh.

Turquia é também um aliado dos EUA. O conflito parece iminente.

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Em entrevista à Sputnik Turquia, o dirigente do departamento regional do Partido de oposição Nacional-Republicano na província turca de Kilis, Abidin Uslu, explica que para evitar esse confronto, as partes — EUA e Turquia — precisam deixar de ajudar os "terroristas" e começar a ajudar as forças governamentais sírias.

Os "terroristas", para Uslu, não são somente os militantes do grupo extremista Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), que atua na Síria e no Iraque desde 2013. "Nós consideramos tanto os destacamentos das forças curdas de autodefesa, como o Exército Livre da Síria [grupo armado de oposição, apoiado por Ancara] e o Daesh como terroristas do mesmo nível. Portanto, a sua atividade deve ser considerada como terrorista. Quem lhes deu o direito de fazer guerra no território de um Estado soberano com as autoridades legais e legítimas? Por isso, consideramos os Estados, que apoiam estes grupos na sua luta contra Damasco, como apoiadores do terrorismo", acusou o político.

Abidin Uslu também criticou a "lógica dos americanos", que falam em apoio às YPG curdas, mas permitem que as forças turcas as ataquem. Ele aconselha as partes a deixarem de apoiar grupos considerados como terroristas e focarem no combate ao inimigo principal, o Daesh.

"Os americanos devem parar de apoiar as forças curdas de autodefesa, e os turcos, parar de apoiar os militantes do Exército Livre da Síria. Tanto Washington como Ancara devem agora se centrar na ajuda ao governo sírio", insiste Uslu.

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