Anteriormente, o porta-voz oficial da Roscosmos informou à mídia francesa que foguetes Soyuz não serão entregues para a Arianespace, até que a estatal russa receba o dinheiro das contas, congeladas pela Europa, ligadas ao caso Yukos.
As contas francesas da Roscosmos estão sendo bloqueadas e desbloqueadas regularmente. Atualmente, as contas da Roscosmos estão congeladas. O valor que deve ser pago a Roscosmos é avaliado em cerca de 300 milhões de euros.
O especialista apontou que as dificuldades na colaboração da Arianespace com Roscosmos ameaça a realização do programa espacial europeu, especialmente, o importante projeto Galileo, que utiliza foguetes Soyuz ST.
"Claro, os satélites podem ser lançados a partir de foguete europeu Arian, mas a construção dele demora alguns anos. A resolução do problema será através do judiciário, contamos com negociador contratante na França, que eles resolvam", concluiu o entrevistado da RIA Novosti.
Está previsto que até o ano de 2020, devam ser lançados 30 satélites Galileo. Os responsáveis pelo projeto declaram que este sistema será mais preciso do que o GPS americano, Glonass russo e o Compass chinês.
O foguete Soyuz ST é uma versão adaptada do Soyuz 2 que realiza lançamentos do cosmódromo Kourou. Tendo em conta a localização do centro espacial na Guiana Francesa, localizado próximo à Linha do Equador, o lançamento a partir deste local permite um maior impulso, sendo assim, os foguetes podem portar uma carga maior.