Candidato à presidente da França defende aliança com a Rússia para ajudar Assad

© AFP 2023 / Joel SagetJean-Frédéric Poisson
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Se o presidente sírio Bashar Assad foi deposto, os jihadistas assumirão o controle, declarou em entrevista à Sputnik o candidato à Presidência da França pelo Partido Democrata Cristão, Jean-Frédéric Poisson.

Poisson visitou Síria duas vezes no ano passado, mantendo encontros com Assad em ambas as ocasiões, sendo uma antes e outra depois do início da operação militar russa naquele país. Para o político francês o progresso no conflito entre as duas visitas foi notável.

“Agradeço à Rússia pelas suas ações e insisto que Bashar Assad, apesar de todos os seus defeitos, é a única pessoa que não permite que o regime islamista e radical seja implantado em Damasco” – declarou Poisson.

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Na sua opinião, nem a França, nem a Rússia e nem o mundo têm interesse num regime radical na Síria e, portanto, é preciso evitar a todo custo que os extremistas tomem o controle desse país árabe. Nas suas palavras, diante da falta de uma alternativa política real, é preciso cooperar com Assad, já que ele também busca a enfraquecer os terroristas.

O político destacou ainda, que, apesar de muitos países estarem indignados com o fato de a Rússia ter se transformado numa potência dominante na região, os russos não podem ser culpados por isto.

“A Rússia tomou o território abandonado pelos demais. É culpa dos franceses e dos americanos que não conseguiram compreender que a população local esperava por ações diferentes do Ocidente” – explicou Poisson.

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A Síria vive uma terrível guerra civil desde 2011, que, segundo dados da ONU, já provocou entre 300 e 400 mil mortes. Em 30 de setembro de 2015, atendendo a um pedido do presidente Bashar Assad, a Rússia enviou sua Força Aeroespacial para ajudar exércitos de Damasco no combate a grupos extremistas como Daesh (Estado Islâmico) e a Frente al-Nusra, ambas proibidas na Rússia.

A presença militar russa teve um grande papel na libertação de muitas regiões sírias da ocupação jihadista e, meses depois, Moscou acabou retirando a maior parte de suas forças do país árabe.

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