"Diferenças drásticas entre a situação na cidade síria de Aleppo e a ofensiva contra a cidade iraquiana de Mossul realmente existem. E nós estamos dispostos a expô-las de forma concreta ao almirante John Kirby" – disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo major-general Igor Konashenkov.
Ele destacou que, diferente de Aleppo, onde a Força Aérea da Rússia cessou por completo suas missões há mais de duas semanas, Mossul continua sendo diariamente atacada pelos bombardeiros estratégicos B-52H e pelos aviões F/A-18 e Rafale-M a partir dos porta-aviões Dwight Eisenhower e Charles de Gaulle. Apenas nas últimas 24 horas, segundo ele, aeronaves da coalizão internacional liderada pelos EUA realizaram 25 voos e 21 ataques contra Mossul e seus arredores.
"Em Mossul, nós soubemos sobre uma "ofensiva" contra bairros residenciais por vir, com prováveis consequências drásticas e vítimas entre a população civil" – disse Koonashenkov, destacando que, até agora, ninguém falou em corredores humanitários, como se essa enorme cidade de mais de um milhão de habitantes estivesse povoada "apenas por terroristas".
Ainda segundo o porta-voz russo, em Aleppo, continuam funcionando dois outros corredores, que permitem a saída de combatentes
Por fim, nas palavras de Konashenkov, Aleppo conta com a presença de jornalistas, representantes da ONU, do Crescente Vermelho e de outras organizações internacionais. "Enquanto que, em Mossul, por circunstâncias estranhas, não há nem jornalistas, nem ativistas, nem voluntários de organizações internacionais. Não tem ninguém" – explicou.
Ele destacou, que, em Mossul, as mídias americanas e europeias podem se contentar somente com "relatórios sobre êxitos mirabolantes da coalizão, não confirmados por imagens reais, e da grande vitória por vir sobre os terroristas".
"E, depois disso, John Kirby, insultado, declara que, diferente de Aleppo, a operação em mossul está sendo realizada em estrita conformidade com o Direito Humanitário Internacional?" – conclui Konashenkov.