Cientistas revelam as duas principais ameaças à saúde dos norte-americanos

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O estudo realizado pelos cientistas de Cleveland mostra que a nação, que já há muito tempo é vista por outros países como uma das mais gordas do mundo, está ciente da gravidade que a obesidade representa como doença.

Obesidade e câncer são as principais doenças enfrentadas pelos residentes norte-americanos, ultrapassando o HIV, diabetes, doenças cardíacas e cerebrais do ponto de vista dos próprios americanos, segundo revelaram os cientistas durante a reunião anual de endocrinologistas ObesityWeek 2016. Os resultados da pesquisa estão disponíveis no site oficial do NORC.

"Esta pesquisa mostra que os americanos estão mais do que nunca cientes dos riscos que a obesidade implica, mas não sabem como se desenvolve esta doença e como ela pode ser combatida. Eu acredito que a obesidade é a única doença mortal, onde mais de um terço dos pacientes não buscam ajuda médica", diz Raul Rosenthal da clínica de Cleveland, estado da Flórida (EUA).

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O estudo foi realizado pela Universidade de Chicago e pelo centro de pesquisa NORC. Eles entrevistaram cerca de 1,5 mil residentes de todos os Estados norte-americanos, inclusive os representantes de minorias étnicas e sexuais, sobre as doenças ou categorias de doenças que eles consideram como as mais perigosas para sua saúde e para a saúde dos outros.

Além da lista das doenças mais perigosas, os pesquisadores perguntaram aos americanos quais seriam os tratamentos recomendados por eles para tais doenças e se elas estão relacionadas a problemas de metabolismo do corpo ou a distúrbios sociais ou dietéticos que podem ser tratados sem intervenção médica.

Segundo a pesquisa, quase todos os cidadãos norte-americanos (mais de 80%) acreditam que o câncer e a obesidade são as doenças mais perigosas para seus compatriotas. Alcoolismo e abuso de drogas (76%), diabetes (72%), doenças cardíacas (72%), distúrbios mentais (65%) e o HIV (46%) entraram na lista das doenças que preocupam a população norte-americana.

A maioria dos norte-americanos não considera a obesidade como uma doença "verdadeira" que requer intervenção médica, e acreditam que é possível lidar com ela apenas ao praticar esporte e fazer regime. Entretanto, mais de 75% dos entrevistados mostram-se cientes de que a obesidade aumenta os riscos de morte por ataque cardíaco, hipertensão, diabetes e problemas de rins e fígado. Além disso, mais de 60% dos norte-americanos acreditam que a dieta é melhor forma para tratar a obesidade, ao invés da cirurgia bariátrica ou medicamentos para perda de apetite.

Ao contrário da imagem criada na mente de muitos, quase todos os norte-americanos obesos (mais de 94%) já tentaram perder peso, a metade deles já tentaram mais de cinco vezes dietas e outras formas, enquanto 20% tentaram emagrecer mais de 20 vezes, todas sem sucesso.

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Tudo isso mostra que o povo norte-americano está a par das ameaças que a ‘epidemia da obesidade’ representa e tentam contê-la, mas ainda não são capazes de encará-la devido à falta de conhecimento e precariedade de apoio médico para resolução do problema. Os responsáveis pelo relatório acreditam que os nutricionistas e outros médicos devem fazer com que os norte-americanos entendam que malhação e dieta, na verdade, não são tão eficazes assim, propondo-lhes saídas mais eficientes aprovadas pela comunidade médica.

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