Ahmed Seho: Começando em 2011, desde o dia do início da crise na Síria, os curdos queriam preservar os direitos adquiridos, na qualidade de uma importante parcela do povo sírio. No entanto, algumas partes, principalmente a Turquia e seus aliados, começaram a desferir golpes contra os curdos e seus direitos. Eles fizeram de tudo. Começando por provocações políticas e terminando em ataques militares. Particularmente, a história dos curdos que se viram atacados por militantes do Daesh em Kobane se transformou em exemplo para todo o mundo. Durante os ataques contra Kobane, a Turquia mostrou o seu verdadeiro rosto. O país ajudou Daesh, treinando e fornecendo equipamentos aos jihadistas. Tentou, dessa forma, destruir os curdos de Rojava. A população de Rojava viveu períodos críticos e difíceis. Todos os representantes do nosso povo, residentes de Kobani, imigraram. Com a liberação da cidade, no entanto, eles retornaram às suas terras.
Apesar de todas as dificuldades, o governo autônomo está garantindo, em grande parte, as necessidades da população. Ao olhar para a situação da Síria em geral, percebe-se que Rojava é o lugar mais seguro e calmo no país neste momento. O motivo disso, é o fato da população de Rojava não estar sob proteção de nenhuma terceira força. A região realizou sua própria revolução, considerando os interesses do seu povo.
A situação não pode ser considerada excelente, mas comparando Rojava com outras regiões da Síria — Aleppo e Raqqa, por exemplo — podemos dizer que o nível de vida em Rojava é muito superior.
S: O projeto de uma federação autônoma no norte da Síria recebe apoio das forças internacionais, envolvidas na crise do país?