O interesse dado à agenda interna de cada país, por exemplo, a colaboração em situações de desastres naturais como furacões ou terremotos, está em detrimento de outros assuntos de caráter internacional.
"Além disso, a região não teve grandes discussões, nem progresso, nem o que poderia ter sido uma base para o processo, nem algo que poderia ser utilizado no futuro", disse Kussrow.
As reivindicações do Brasil por uma posição permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas tampouco provocaram um apoio especial.
"Se bem que existe a reivindicação, na realidade, a situação política do Brasil é um tanto complexa. Não houve muito esforço dos outros representantes da região [latino-americana] para levantar a bandeira", indicou a representante da Resdal, órgão que conta com a participação das forças armadas, da sociedade e dos Governos da Região. A entidade participou da Conferência de Ministros de Defesa das Américas, realizada em Trinidad e Tobago, entre 10 e 12 de outubro.
"Isso faz com que as Forças Armadas repensem quais mecanismos específicos podem ser oferecidos por elas para a assistência aos civis em situações de desastre, como oferecer apoio logístico, por exemplo", explicou Kussrow à Sputnik Mundo.
Os exércitos latino-americanos e caribenhos negociam também seu papel no "desenvolvimento geral dos países em sentido amplo". Isso inclui, segundo a especialista, a proteção dos interesses estratégicos de cada país, como a fiscalização do mar territorial, o cuidado do meio ambiente, proteção de florestas, geleiras e infraestruturas.