Concubina yazidi mais cara do Daesh conta história tenebrosa do seu cativeiro

© REUTERS / Rodi SaidYezidis libertados (arquivo)
Yezidis libertados (arquivo) - Sputnik Brasil
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Zeynab, uma das prisioneiras e concubinas de origem yazidi escravizadas pelo Daesh compartilhou com a Spuntik os detalhes de seu cativeiro.

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Zeynab, juntamente com outras yazidi, foi sequestrada em 2014 por extremistas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) depois de estes tomarem a sua cidade natal, no oeste da província de Ninive, no Iraque. O terrorista que a mantinha no cativeiro submeteu Zeynab a torturas físicas e escravidão sexual.

"Venderam-me ao extremista Abu Jaafar, cuja mulher me batia frequentemente porque eu achava que eu queria roubar-lhe o marido", disse ela, acrescentando que "nem sequer se dava conta de que era uma vítima escravizada".

Zeynab detalhou que as mulheres do Daesh se comportam pior do que os homens, maltratando e até mesmo envenenado as concubinas e seus filhos: "Uma terrorista pendurou uma menina de dois anos na janela da casa".

Depois, prosseguiu Zeynab, foi revendida a um preço de 13 mil dólares a outro grupo de terroristas. O preço foi tão alto, segundo disse, porque ela falava árabe, recitava o Alcorão e sabia cuidar bem da casa.

Seus novos "donos" não abusaram sexualmente dela porque, durante a estadia na casa de Abu Jafaar, ela sofreu um trauma psicológico e doenças no sistema reprodutivo. Isso assustou os novos donos.

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"Conheci uma menina que não conseguiu suportar todas as torturas e se matou com um tiro de pistola do terrorista que a escravizou", disse Zeynab.

Além disso, ela contou outra história assustadora de uma jovem de 20 anos, que se suicidou depois que os extremistas lhe mostraram um vídeo onde ela estava drogada e desonrada.

Khoder Khallat, ativista yazidi comentou à Sputnik Árabe, citando uma fonte anônima das Forças Armadas do Iraque, que o exército libertou algumas mulheres do cativeiro sexual na área de Gogjali, no leste de Mossul, após ter entrado na cidade.

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